
Colei o meu olhar ao teu
Numa desatenta ilusão estrábica
No teu mover de lábio
Ouço o que não diz a mim
Mas diz
Ao solto vento que embala
Cada frase a sucumbir no canto da tua boca
Que se move, quase quebra a quieta clave,
Quase desalinha o diapasão
Do murmúrio que nascido do silente, move a tua boca,
Que se fecha, como o olho teu;
Que se fechou sem me olhar adormecer,
Sem ver a tua boca sussurrar pra mim o nome meu.
Calei o meu olhar, já sem a tua boca em mim.
Alexandre Magno Mirantes
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