
E esses vestígios de caminhos
Traçados sem rumo pela face?
Ah!... Lágrimas procurando ninhos...
A dor abstratamente visível,
Com desalento vão se derramando,
Sem rumo elas vão caminhando.
Agora são rios que parecem sem cursos.
Aos cantos da boca, antes corriam diretas
Entre risos transbordavam e agora tão perdidas...
Forasteiras, vertiginosas... Tão concretas!
As lágrimas são apenas mananciais
Das tristes marcas refletidas,
Pequenos retalhos de amor,
Em lembranças tecidas.
Marly Bastos
(do blog Palavras ao Vento)