Nestas paisagens agrestes do sertão
Sou apenas um forasteiro peregrino
Sem espaço na varanda dos nativos da região.
Todavia, apesar desse estranhamento,
Contemplei e ainda vislumbro
A beleza e o frescor de tantas outras “veredas”
Deste amado sertão:
-O alvorecer dourado dos nossos dias;
-O luar prateado das nossas noites enluaradas;
-O cantar melodioso das nossas serestas;
-O tocar melancólico de nossas violas;
-O saboroso gosto do nosso cheiroso pequi;
-O encantamento dos nossos belos ipês coloridos;
-As “Festas de Agosto” enfeitadas de catopés,
Marujos e caboclinhos...;
-A arte de nossos artistas Tino Gomes,
Beto Guedes, Bete Antunes e tantos outros,...
-A inteligência luminosa do catrumano
Antropólogo Joba Costa, a do Arruda das maviosas poesias,
A da literata poetisa Maria Teles,
A do brasileiríssimo montes-clarense Darcy Ribeiro
E outros tantos,...
-O aconchego do Bairro Esplanada
Onde finquei minha morada;
-A parceria inconteste de leais amigos,
Daniel, Mercês Costa, Siliomar e Alcides...,
-E tantas outras incontáveis “veredas”,
Que no momento, não me disponho a mencionar,
Mas as resguardo no peito
Pra poetizá-las “depois de amanhã”!...
Montes Claros, 21-11-2011
Romildo Ernesto de Leitão Mendes
Pintura de Aderbal Bento Andrade