Hoje é o Dia Internacional da Mulher,
esse ser extraordinário que torna o mundo menos cruel. Aí eu paro para refletir sobre o assunto. Mulher, que tem ela
de diferente e especial para receber tantas homenagens?
Ah, a mulher é uma das obras de arte de
Deus! Explico no decorrer de minhas reflexões. Consciente, também de que há
mulheres desnaturadas, verdadeiras cobras venenosas, golpistas, bandidas. Mas,
graças a Deus, essas são uma exceção.
São características da mulher as
sabenças mitopoéticas, a capacidade de descortinar horizontes, colorir a vida,
dar-lhe uma textura policromática, tecendo-a com trançados sincopados de cores
que nos comovem, inebriam, representando na História da Humanidade a Força, a
Luta, o encanto, o sustentáculo
de uma construção nem sempre bem
edificada pelo homem.
É preciso penetrar em sua alma para
compreender essa criatura que, muitas vezes, se esconde nos seus contrários,
nas suas vastidões interiores, que não se esgotam e nem sempre se deixam
apreender...
Ela, em sua forma pura, enternece e
desperta respeito e afeto. Só não o faz quando perde o respeito próprio.
Mulher é colo que acalenta, é seio que dá
o leite que alimenta, é ternura que adoça a vida, é caminho certo nas encruzilhadas, tantas vezes
traiçoeiras . Ah, a mulher é a beleza em sua forma mais legítima, mesmo aquelas
que não possuem a beleza física. É sonho, é romantismo, é poesia, é lágrima
pronta, é riso frouxo,
é perfume, é oásis. É o abraço
confortador, sempre com alma de mãe, até quando cuida daqueles que não nasceram
de seu ventre.
Sempre me vem à cabeça um dito de
Arnaldo Jabbor: “mesmo sem mais nada a
oferecer, mulher é cheiro de xampu, de sabonete, de banho recém-tomado”.
Ela é graça, é tentação, é história, é
novela, é saudade, é amor. Tem a percepção aguçada, o dom da devoção, é
preocupada com seus filhos e companheiros. É, normalmente, uma esteta, com
extrema coragem, determinação e compaixão.
As mulheres foram infantilizadas e
escravizadas por séculos. Como dizia Gilberto Freyre em sua obra: “Casa Grande
e Senzala”, elas só sabiam “fiar, parir
e chorar”. Eram jardins sem cultivo... Mas, a semente estava dentro delas e,
assim, transformaram o mundo e a si mesmas, quando as sementes germinaram,
floriram e deram frutos.
Mulher tem tempero, movimento, dança com
o universo. Ela é a canção de uma alma faminta de amor e cuidado.
Feliz da mulher que tem consciência de
sua importância e feliz do homem que reconhece a importância dela em sua vida.
É por tudo isso que ela é especial e
merece todas as homenagens.
Maria Luiza Silveira Teles
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